Porquê Intervir?

   
Segundo o CERCIFAF (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Fafe), existem três razões fundamentais para ser feita uma intervenção precoce:

- Quanto mais cedo se inicia a intervenção maior é o potencial de desenvolvimento de cada criança;
- Proporcionar apoio e assistência à família nos momentos mais críticos;
- Maximizar os benefícios sociais da criança e da família. 

A idade do pré-escolar é um período muito importante no que diz respeito ao desenvolvimento e aprendizagens das crianças, logo, é especialmente importante para a criança não ver perdidas estas oportunidades, e, a intervenção precoce, ao identificar precocemente e intervir de uma forma programada e individualizada, ajuda a criança a manifestar o seu verdadeiro potencial, diminuindo a probabilidade de outras problemas virem a surgir.
A intervenção tem também um impacto positivo junto do resto da família que, pode por vezes desenvolver sentimentos negativos originados pela presença de uma criança com dificuldades. Estas famílias são mais propensas a viver situações de divórcio e suicídio e as crianças com dificuldades são também mais susceptíveis de sofrer abusos e negligências.
A intervenção precoce ajuda a desenvolver melhores atitudes parentais, em relação a eles mesmo e aos seus filhos com dificuldades. Faculta informação e procura desenvolver nos pais competências para lidar com a criança e incentivar a existência de algum tempo para o descanso e o lazer.
Por fim, a intervenção precoce envolve também ganhos sociais que se alcançam pois incentivando o desenvolvimento da criança, diminuem-se as situações de dependência das instituições sociais, a capacidade da família para lidar com as dificuldades do filho aumenta e existe também a possibilidade do aumento das suas capacidades para ter um emprego no futuro.
Tendo como referência cinquenta anos de investigação na área, é possivel hoje em dia afirmar que as crianças saem claramente beneficiadas com esta prática pois os resultados demonstram que estas, ao longo do seu crescimento, necessitarão menos do apoio por parte da Educação Especial. A família também beneficia já que o funcionamento do agregado tende a melhorar, quer a nível social quer a nível económico.
Não se sabe com certeza quais os factores que determinam o sucesso da Intervenção Precoce, no entanto, existem alguns que são comuns a vários programas de Intervenção Precoce bem sucedidos, como:

- A idade da criança à data do início da intervenção;
- O envolvimento dos pais;
- A intensidade e/ou estruturação do modelo do programa de Intervenção Precoce adoptado.

O envolvimento das familias das crianças com problemas ou em risco, durante a intervenção, é essencial, pois estas necessitam de um maior apoio social e instrumental com vista ao auxilio dos seus filhos com necessidades especiais e, trabalhando neste sentido as crianças sairão claramente beneficiadas.

 “Quanto mais precocemente forem accionadas as intervenções e as políticas que afectam o crescimento e o desenvolvimento das capacidades humanas, mais capazes se tornam as pessoas de participar autonomamente na vida social e mais longe se pode ir na correcção das limitações funcionais de origem.”

 in Decreto-Lei n.º 281/2009 (http://dre.pt/pdf1s/2009/10/19300/0729807301.pdf)

Sem comentários:

Enviar um comentário